Hong Kong - Docking in a New Harbour

Queridos leitores, espero que vocês estejam lendo este post do conforto da casa de vocês. A situação do Covid-19 no Brasil está como Hong Kong estava há dois meses atrás. Quando eu vejo as notícias e as conversas na internet, sei bem como é a sensação de incerteza e pânico que muita gente está sentindo. Obviamente eu não sou médica ou profissional de saúde, mas como alguém que já viveu o auge do coronavírus (ou pelo menos a primeira onda dele), espero poder passar algumas dicas úteis e fatos sobre como Hong Kong passou (e ainda está passando) pelo tão temido vírus. Como está a situação em Hong Kong? Como eu contei aqui e aqui , logo no começo da crise, Hong Kong teve um aumento rápido no número de casos, principalmente por causa da grande quantidade de pessoas que cruzam as fronteiras com a China todos os dias. No final de janeiro, quando a China decretou a quarentena em Wuhan e pediu para a população ficar em casa e evitar as viagens do ano novo chinês, Hong Kong também adot...

A BBC publicou ontem um artigo muito legal sobre um dos simbolos mais icônicos de Hong Kong: suas famosas escadas rolantes! Clique aqui para ler a matéria. À primeira vista pode parecer estranho pensar na importância que escadas rolantes podem ter para uma cidade. Nós estamos acostumados a ver escadas rolantes em shoppings e edificios comerciais, cujo principal objetivo é apenas a comodidade dos visitantes. fonte: virtualtourist.com Mas em Hong Kong, uma cidade de clima extremamamente quente e abafado, as escadas rolantes são uma parte importante da 'infrestrutura' da cidade! E as escadas rolantes de Mid-levels são um bom exemplo de como uma intervenção simples causou grandes mudanças na dinâmica desse bairro tão famoso de Hong Kong. Mid-levels (que literalmente significa 'nível do meio' - nesse caso entre o mar e o famoso Victoria Peak) é um dos bairros mais pop de Hong Kong. Eu diria que é a Vila Madalena de São Paulo, haha, incluindo as ladeiras...

Oi gente! Eu sei que muitos de vocês já estão cansados de ouvir minhas reclamações sobre a academia que eu frequento (é possível relembrar clicando  aqui e aqui ), mas eu não podia deixar de contar pra vocês o que aconteceu essa semana: a maldita da California Fitness entrou em falência! :((( Pois é, já faz algumas semanas que estavam circulando boatos de que a rede de academias estava em maus lençóis, devendo salários, aluguéis e com problemas de fluxo de caixa. Daí uma dos centros que abriu há poucos meses fechou, os funcionários começaram a protestar e dito e feito: apesar de termos ido na academia normalmente na segunda-feira, no dia seguinte eu e o Martin resolvemos dar um pulinho lá na hora do almoço e as portas estavam fechadas. Grrrrrr! Portas fechadas. Buáááááá..... (Fonte: South China Morning Post) Ao contrário do Brasil, onde você pode pagar qualquer coisa em parcelas, cartão de crédito, boleto bancário e etc, em Hong Kong essa não é uma prá...

Há alguns meses eu me inscrevi na academia. Depois de 28 anos de enrolação e sedentarismo eu finalmente decidi ter uma vida mais ativa e saudável. Em Hong Kong até que é facil ter uma vida mais ‘ativa’ do que no Brasil, já que aqui pouquíssimas pessoas tem carro, então você sempre depende do metrô ou outras formas de transporte público, que sempre exigem que você ande um pouco mais. Apesar do meu peso continuar o mesmo, com a idade chegando, eu estou tentando ser um pouco mais cuidadosa com o que eu como. Talvez seja coisa da minha cabeça, mas estou vendo ‘excessos’ em lugares que antes eram só pele e osso. O Martin entrou nessa onda ‘fitness’ já faz uns 2 anos, e com uma disciplina invejável, conseguiu uns músculos que contam com 100% de aprovação, hehehe. Mas, como deixar de comer chocolate, McDonalds, e outras besteiras que eu amo? O jeito foi entrar na academia com a lógica de ‘fazer exercício primeiro para comer o que eu quiser depois’ (que fique bem claro, essa estratég...

Depois de passar uns dias em Luang Prabang, era hora de seguir adiante para nossa próxima parada: Vang Vieng! Essa minúscula cidade no centro do Laos virou febre entre os maconheiros mochileiros nos últimos anos e é uma parada obrigatória para quem quer uma atmosfera ainda mais relaxada que Luang Prabang. A única maneira de chegar a Vang Vieng é de carro ou ônibus; a nossa viagem durou umas 9 horas. A maioria das agências fala que a viagem é de 7 horas, mas todo viajante experiente sabe que a regra é adicionar 2 horas ao tempo de viagem! No nosso caso, o imprevisto foi um caminhão tombado no meio da estrada. Felizmente eu sempre sigo a regra das "2 horas", então foi tranquilo esperar até que o nosso ônibus conseguisse passar pela parte estreita da pista que não foi ocupada pelo caminhão. Rolou até uma solidariedade por parte dos passageiros, que ajudaram a tirar a carga do caminhão para colocar ele de pé mais facilmente depois! Como eu falei, Vang Vieng é uma cidade be...

O post abaixo ficou guardado como rascunho por muuuuito tempo... desde antes da Copa do Mundo. Apesar de super desatualizado, eu resolvi terminar de escrever e publicá-lo, porque não deixa de ser parte de minhas desventuras em Hong Kong! Desculpe por qualquer confusão nos tempos verbais desse texto! *** Com a Copa do Mundo chegando, o Brasil está em alta aqui em Hong Kong! As vitrines das lojas já tem vários produtos sobre a 'graaaaaande festa do futebol mundial' (como diria Galvão Bueno, hehe) e mais verde e amarelo espalhados pela cidade que o normal. Eu não costumo compartilhar minhas opiniões políticas, mas eu espero que essa seja uma boa Copa, para que dê tudo certo e que o Brasil ganhe, claro! Se era para protestar, deveriam ter protestado contra a Copa em 2007, quando o Brasil foi escolhido como país sede! Enfim, deixando a polêmica de lado, numa sexta-feira a Associação de Brasileiros de Hong Kong mandou um email perguntando sobre quem estaria interessado em p...

É, eu sei, esse blog anda meio sem inspiração. Não sei o que acontece, eu leio tanto blogs legais e super bem escritos por aí, mas quando chega a minha vez de colocar a bunda na cadeira e escrever algo decente, as idéias fogem da minha cabeça! Além disso, eu sou meio tímida né, ou seja, não sou a melhor pessoa pra descrever minhas emoções e pensamentos, mesmo no anônimo mundo da internet. E quando tento fazer isso e abrir meu coração, sempre saem algumas coisas meio esquisitas, haha! Sendo assim, em lugar de fazer um diário de viagem dessa minha última visita ao Brasil (tipo o que você fazia na escola quando voltava de férias), decidi fazer uma coisa mais original e escrever um pouco mais sobre os comentários, perguntas e exclamações que as pessoas fazer quando eu falo que estou morando nesse longínquo lugar chamado Hong Kong. Não só nessa última viagem, mas em todas as vezes que eu voltei para casa em geral. São 8 perguntas, porque 8 é o número da sorte chinês! :) 1. Nossa...

English version right after the Portuguese! Já faz 2 meses que fui pro Japão, mas vamos lá, finalmente lhes apresento a última parte do meu relato de viagem! Depois de passar a noite em Roppongi, visitando as mais diversas baladas (incluindo um bar de salsa, ae!), o dia seguinte foi dedicado a atividades mais tranquilas, hehe. Assim, fomos ao Shinjuku Park, para relaxar e ver as árvores de Sakura.Realmente tivemos muita sorte, já que a viagem caiu justamente nos dias em que as flores estão mais bonitas! Porém todos os japoneses tiveram a mesma idéia de passar o dia sob as flores em Shinjuku: Piquenique no parque! /  Picnic at the park! Sou tão fashion que até meu casaco combina com as flores! :P / I am so fashion that my coat color matches the flowers! :P Apesar do frio, o tempo estava agradável para um piquenique no parque. E por todos os lados podíamos ver famílias e grupos de amigos comendo, conversando, ouvindo música - piqueniques são uma atividade típi...

English version right after the portuguese. Finalmente continuando! No primeiro dia resolvemos sair de Tóquio e decidimos fazer um plano bem "japonês": passamos o dia em um parque de águas termais (vou chamar de hot springs)! Aparentemente um dos maiores passatempos dos japoneses de todas as idades é passar o dia relaxando nos hot springs, águas vulcânicas e bem quentes.  Eu pensei que íamos ficar umas 2 horas nos hot springs e depois poderíamos passear para conhecer a cidade e tirar algumas fotos com o Monte Fuji no fundo... Ah, o Monte Fuji é lindo! É tão grande e dá pra ver de longe, com a neve no topo e tudo. Dá pra ver lá no fundo? / Can you see it back there? Mas nem tivemos tempo, porque os hotspring eram gigantes!! A coisa era deixar suas coisas no vestiário e passar o dia inteiro de biquini por aí aproveitando cada tipo diferente de piscina e suas propriedades "medicinais": tinha o hot spring de café... chá verde... e até de vinho! Pra...

English at the bottom of the post. Nem sei por onde começar a falar sobre o Japão. Sei que a viagem foi muito além das minhas expectativas! Eu sou de São Paulo, onde a população de japoneses é relativamente grande - até existe um bairro só de japoneses, tenho muitos amigos japoneses e até estudei numa escola cheia de japoneses! Grande engano achar que eu ia ver alguma coisa de familiar nesses quatro dias que eu passei em Tóquio. Enfim, já fazia uns dois meses que estávamos planejando essa viagem. O Japão é o lugar mais "cool" da Ásia, pelo menos para o povo aqui de Hong Kong e muitas das tendências de moda e música vem de lá. Infelizmente o Japão é bem caro, mas depois de calcular milimetricamente meu orçamento e conseguir uma passagem mais barata por sorte, lá fomos nós, um grupo de 8 amigos, quase todos da AIESEC. :) O primeiro choque - o sistema de transporte de Tóquio: É, esse emaranhado de linhas e trens coloca o metrô de São Paulo - e até o de H...

(English version at the end of the post) Eu já falei e falei aqui dos chineses, mas... e os estrangeiros? Hong Kong tem quase 500 mil estrangeiros, de todos os tipos e orçamentos: desde os paquistaneses vendendo relógios falsos na rua até os banqueiros expatriados que pagam milhões de dólares para terem suas mansões e fingirem que moram na Europa! Mas como é essa vida? Sempre conhecendo gente de vários países, aprendendo coisas novas, várias festas, eventos e etc. Soa muito chique e divertido, mas nem sempre é fácil. Se você quiser ter uma vida social por aqui tem que estar sempre acostumado a mudanças e a sair de sua zona de conforto. É uma mistura de sotaques, nomes, nacionalidades que nem sempre é fácil de digerir ou aturar. Aquelas piadinhas tontas que fazem seus amigos rirem no Brasil, podem não ter a mínima graça aqui. Outro fato é que as pessoas sempre vêm e vão. Aquela garota simpática que você conversou numa festa vai embora em 3 semanas. Aquele cara gente boa que te troux...