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O vírus de Wuhan

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Não tá fácil morar em Hong Kong esses dias! Depois de meses de tensão e caos por causa dos protestos, a cidade está enfrentando uma nova ameaça vinda da China: o coronavírus de Wuhan. Alías, não só Hong Kong, mas muitas cidades na Ásia e ao redor do mundo já estão em estado de alerta em relação a esse misterioso e supostamente fatal vírus. Em Hong Kong, com tantas conexões com a China continental, e com milhares de viajantes indo e vindo todos os dias, as autoridades e a população estão bem preocupados com possíveis contaminações. Até o momento, cinco casos do vírus foram confirmados por aqui e os pacientes estão sendo tranferidos para áreas de quarentena dos hospitais locais. O governo está monitorando situação nas fronteiras terrestres e aeroportos e pedindo para todos os moradores que estejam apresentando sintomas como febre, tosse e problemas respiratórios para irem ao hospital para testes. A cidade de Wuhan é o epicentro da atual crise. Hong Kong fica no circulo vermelho in...

O que está acontecendo em Hong Kong?

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Olá amigos do blog! Sim, eu ainda estou viva, e sigo por aqui. Depois de um ano muito turbulento (e qual não é?) finalmente tive um tempinho para contar para vocês sobre o que está acontecendo aqui em Hong Kong. Quem diria que a pacata e organizada Hong Kong veria seus dias de Brasil, com protestos, violência e desconfiança total em relação ao governo e à polícia? Não vou entrar nos detalhes políticos do que está acontecendo, já que isso pode ser encontrado facilmente em qualquer jornal ou site de notícias. Além disso, nunca se sabe se o que eu estou escrevendo pode ser usado contra mim - a China está de olho! Só quero mostrar como essa situação está afetando a vida dos moradores daqui e quais são as preocupações que as pessoas tem para o futuro. 1. A cidade não está pegando fogo (ainda) Pra começar, os protestos não estão causando um caos generalizado, como provavelmente mostram na televisão. Na TV eles mostram toda a confusão, fumaça, tiros de bala de borracha, sangue, gás lacr...

Como conseguir um visto de trabalho em Hong Kong (parte 2)

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Continuando o post anterior sobre como conseguir um visto de trabalho em Hong Kong . Dessa vez vou falar mais sobre os documentos que devem ser entregues e o processo até o visto ser aprovado. Mais difícil que conseguir um visto de trabalho é conseguir um bom lugar para morar em Hong Kong, uma das cidades mais caras do mundo! (foto: Jimmy Chan/Pexels) 4) Documentos da sua família: com um visto de trabalho, você pode ser o 'patrocinador' do visto do seu cônjuge e filhos (estes devem ser menores de 18 anos de idade), que recebem o status de dependentes. Esse visto é uma boa, porque com ele o seu esposo(a) poderá trabalhar em Hong Kong. Porém, caso você deixe o seu trabalho, o seu dependente também perde o direito de ter um emprego com este visto. O próprio formulário ID990A tem espaço para preencher os dados da sua família e solicitar o visto. Mas, além disso, também é necessário enviar outros documentos (traduzidos e juramentados) como certidão de nascimento e casame...

Como conseguir um visto de trabalho em Hong Kong (parte 1)

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Eu já falei sobre isso em um post anterior, mas vira e mexe aparece a pergunta no grupo de brasileiros em Hong Kong no Facebook: como conseguir um visto de trabalho em Hong Kong? Por isso resolvi falar mais sobre como obter o tão sonhado visto de trabalho (uma vez que você receba uma proposta de emprego de uma empresa local). No meu caso, por exemplo, eu tive que ir na cara e na coragem, já que depois de receber a proposta para trabalhar na ONG eu percebi que: 1) o escritório tinha apenas 10 funcionários na época e o RH era novo, e 2) como eu suspeitava, o cara do RH não fazia a menor idéia de como processar um visto de trabalho. Aliás, quando eu finalmente comecei a trabalhar, ele já tinha até se demitido, então vai vendo o nível... Hong Kong é um lugar com ótimas ofertas de trabalho para profissionais qualificados. Porém, muitas empresas que nunca tiveram experiência com o processo do visto ficam meio desmotivadas em contratar estrangeiros e ter que cumprir os requisitos exi...

Conversas do além

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É um assunto meio mórbido, mas algumas pessoas já me perguntaram como são os rituais quando os chineses de Hong Kong, ahn, batem as botas. Os funerais em Hong Kong são um pouco diferentes do que os no Brasil. No Brasil, quando alguém falece, é normal que o velório e enterro aconteçam poucos dias depois. Sendo um país predominantemente católico, a idéia é que parentes e amigos tenham alguns dias para absorver a notícia e se despedir do falecido, que é enfim enterrado (ou cremado) para finalmente descansar em paz e ir para o céu. Para nós parece natural, não é? Ma como eu falei, as por aqui as coisas são um pouco diferentes. Em Hong Kong, o período entre o falecimento e o enterro pode levar duas semanas ou mais! Isso pode acontece por duas razões. A primeira é que muitas famílias que seguem o calendário e horóscopo chinês fazem uma análise para escolher a data mais “propícia” para o enterro, ou seja, uma dia onde o falecido possa ir para o além com mais conforto e fortuna. Tradici...

A polêmica dos “mendileiros”

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Muitas notícias falaram nas últimas semanas sobre o estranho fenômeno que está acontecendo em diversas cidades do sudeste asiático: jovens, aparentemente de países ocidentais, pedindo dinheiro nas ruas de cidades como Bangcoque, Hong Kong, Cingapura, para financiar seu mochilão pela Ásia. Isso mesmo, você não ouviu errado! São os ‘begpackers’, ou seja, mistura de mendigo com mochileiros, ou mendileiros – palavra que eu mesma inventei, haha! Eu mesma já vi algumas vezes aqui em Hong Kong, em áreas muito movimentadas da cidade, estrangeiros pedindo dinheiro diretamente ou então usando seus talentos musicais para ganhar uma grana. Todos os que eu vi tem uma plaquinha, supostamente explicando o por quê de eles estarem pedindo dinheiro, mas sempre está em chinês. Pelo jeito o público alvo deles não são outros estrangeiros. Pelas reportagens que eu li, são várias as razões que estão levando esses jovens ocidentais a mendigarem nas ruas de cidades asiáticas: financiar suas viagens ...

Açaí e guaraná... made in USA

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Ainda na pegada do supermercado, no final de semana passada eu e o Martin demos uma passada no Citysuper, um supermercado aqui de Hong Kong que vende muitos produtos importados e atende às classes A e B. Nós fomos lá justamente porque o Martin ouviu falar que o Citysuper estava vendendo sua nova grande paixão brasileira: o açaí. Pois é, eu fui substituida por uma sobremesa... quem diria, haha! Eu gosto bastante de açaí, mas o Martin comeu açaí todos os dias quando fomos ao Brasil no final de Janeiro. Foi a primeira coisa que ele comeu quando desembarcamos no Rio, e a última antes de sair de casa para pegar o vôo de volta pra Hong Kong em São Paulo (sendo que no mesmo dia nós nos empanturramos em uma churrascaria). Enfim, enquanto o Martin procurava o seu tão amado açaí, olha com o que eu me deparei: Bebidas exóticas brasileiras Não só um energético de açaí, mas também o bom e velho mate, vendido em simpáticas garrafinhas. Você pode até pensar "nossa, que leg...